Terceirização de mão-de-obra: a melhor solução?

Essa pergunta é feita todos os dias em muitos condomínios. Se a razão por trás desse questionamento é apenas para reduzir custos, a resposta provavelmente será, não.

Vamos abordar isso já: o custo de um funcionário, seja próprio ou terceirizado é igual, pois salário, benefícios e encargos são os mesmos. E ainda há a taxa de administração de uma empresa que presta serviços terceirizados.  Teoricamente o funcionário terceirizado sai até um pouco mais caro. As empresas têm algumas vantagens de tal forma que o custo acaba sendo igual. Ou seja, um porteiro noturno custa para um condomínio, por exemplo, cerca de R$ 8.000 por mês, seja próprio, seja terceirizado.  

Vamos então a outras questões, e aqui, sim, temos vantagens, como veremos a seguir.

Se um funcionário não atender às expectativas do condomínio contratante, este pode pedir para a empresa substituir o trabalhador, sem custos e no curto prazo.

Quando um funcionário terceirizado tirar férias, ele será substituído automaticamente, sem custo extra e sem preocupação de encontrar alguém para ocupar a vaga.

Na falta, justificada ou não, de um funcionário terceirizado, a empresa automaticamente põe outro, no mesmo dia, sem custo, sem pagar hora extra pela substituição e sem “dar um jeito”.

Muitas empresas treinam regularmente seus funcionários, o que não necessariamente ocorre com funcionários próprios.

Os custos com obrigações legais, como PCMSO, CIPA, EPI e Primeiros Socorros, assim como com uniformes, também caem.

O passivo trabalhista costuma ser menor, pois o funcionário é da empresa que presta serviço e não do condomínio. Claro, um juiz do Trabalho pode envolver o condomínio, mas geralmente em uma segunda etapa de um processo trabalhista e apenas se necessário for.

Há também vantagens no caso de funcionários próprios, conforme a seguir descrito.

Geralmente eles já atuam há muitos anos no condomínio, são de confiança e gozam de prestígio junto a muitos moradores.

Eles conhecem muito bem o condomínio, seu funcionamento, seus moradores e prestadores de serviço.

O zelador costuma ser o braço direito (e até esquerdo) do síndico e é de difícil substituição, pois ele tem o histórico do condomínio que muitas vezes ninguém tem.

Em uma terceirização, os atuais funcionários seriam “perdidos” para o mercado, pois não podem ser contratados por uma empresa prestadora de serviços. Há uma carência de meses para isso.

Em um condomínio novo, de implantação, que está sendo entregue pela construtora, a mão de obra já é terceirizada desde o primeiro dia e isso não costuma mudar. Em condomínios estabelecidos a substituição total ou parcial, pode ter um custo de desligamento alto e inviável, motivo pelo qual escutamos “então fica como está”.  

Por fim, respondendo à pergunta do título: sim, a depender do condomínio, de seus condôminos e da situação financeira, pode ser a melhor solução.

Independentemente de funcionário próprio ou terceirizado, fica aqui um pedido: tratem todos iguais, com respeito, educação e profissionalismo. Um funcionário terceirizado que no final do ano ganha uma cesta de Natal, recebe uma caixinha e é sempre bem tratado, não vai querer sair do condomínio, não muda por causa de R$ 150,00 por mês a mais, como ainda ocorre hoje em dia.  Fidelizem seus bons funcionários, o retorno é imediato, seja em forma de mais limpeza, mais cuidado ou mais segurança.

“O futuro da segurança patrimonial está entre nós, unindo
reconhecimento facial avançado, um olhar atento às ameaças e
parcerias estratégicas para tornar os ambientes mais seguros.”

(Chen Gilad, CEO e especialista em segurança, Grupo Haganá)

“A qualidade nos serviços terceirizados está em alinhar processos
bem definidos com equipes engajadas, promovendo eficiência
e tranquilidade para o dia a dia dos empreendimentos.”

(Chen Gilad, CEO e especialista em segurança, Grupo Haganá)

Matéria publicada na edição-311-mai/25 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Wolfram Werther

    Síndico e consultor condominial, Wolfram Werther é administrador de empresas. Com formação em sindicatura profissional, atua há mais de 10 anos na cidade de São Paulo, em condomínios residenciais, tanto verticais quanto horizontais, e nos edifícios comerciais.