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Sustentabilidade em condomínios passa por práticas como gestão eficiente de resíduos e vai além, por exemplo, providenciando para que haja carregadores de veículos elétricos e meio de locomoção que não emite gases poluentes na atmosfera.
Os caminhos para tornar um condomínio sustentável podem ser árduos – até mesmo a coleta seletiva exige planejamento – mas não devem jamais desanimar os gestores.
No segundo semestre de 2021, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontou o dedo para o ser humano e, pela primeira vez, não apenas revelou, mas também quantificou o tamanho da sua responsabilidade nos impactos sobre a natureza. Desde a era pré-industrial, o planeta está esquentando e isso se reflete em catástrofes e desastres naturais no mundo.
No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, a Direcional Condomínios divulga iniciativas com a coleta seletiva, que têm gerado resultados positivos aos moradores, à sociedade e ao ecossistema.
A coleta seletiva ganhou o status de uma ampla campanha lançada em 2019 junto aos moradores e funcionários do Magic Condominium Resort, residencial localizado na zona Sul de São Paulo. O programa está focado não apenas naquilo que cada unidade descarta, mas na cadeia completa da reciclagem. Ou seja, há preocupação com o destinatário que irá receber o material e com que finalidade. Por exemplo:
Condomínios expandem iniciativas com o sistema, enquanto segmento aguarda pela sua regulamentação definitiva no País.
Síndicos colhem bons resultados com ações de sustentabilidade. Além de proteger o meio ambiente, a estratégia possibilita diminuir o consumo, reaproveitar recursos e combater desperdícios, e se torna uma grande aliada na reorganização do condomínio.
A quantidade de resíduos recicláveis coletados em um condomínio localizado em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, triplicou no mês de abril passado em relação a dezembro de 2019.
A palestrante, professora universitária e influenciadora Tiemi Yamashita atua no Brasil apresentando a metodologia do Mottainai, surgida no Japão com conceitos que combatem o desperdício. Tiemi se autodenomina como uma “caçadora de desperdícios” e aponta que a pandemia poderá ensinar as pessoas a aproveitarem melhor os recursos de que dispõem.
O mercado de equipamentos para produção da energia fotovoltaica (elétrica) nas edificações aguardava no final do ano passado por mudanças na Resolução Normativa 482/2012, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que mexeriam com as regras do setor. Segundo a norma, os domicílios que geram energia elétrica própria, e jogam o excedente na rede da concessionária pública, são compensados integralmente através de créditos em sua conta (pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica/SCEE).
Quando, em 2014, os condôminos das 58 unidades do Condomínio You Jardim Saúde Mirante começaram a tomar posse de seus imóveis, tinham uma expectativa de valor de rateio bem abaixo da realidade orçamentária do prédio.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou no último mês de abril a nova versão da NBR 15.527/2019, que trata do “aproveitamento de água de chuva de coberturas para fins não potáveis, como rega do jardim e lavagem das áreas comuns”.
Entre as suas principais atribuições, o síndico deve zelar pelo meio ambiente. Nesta edição comemorativa do dia 5 de junho, a Direcional registra iniciativas de economia de energia e água, além de um trabalho de reciclagem de bicicletas.
Em entrevista à Direcional Condomínios, a síndica profissional Tania Goldkorn explica porque tem estimulado a implantação de hortas nos condomínios que administra. Fala ainda da maneira como faz a manutenção do espaço e gerencia a colheita, que beneficia moradores e funcionários. Tania atua como profissional desde 2013 em São Paulo e hoje atua em oito condomínios.
Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente (comemorado em 5/06), a Direcional Condomínios registra experiências de síndicos focados em diminuir o consumo de água e energia, reciclar os resíduos sólidos e até cultivar hortas em vasos e jardins dos prédios.
Um balanço com o advogado Michel Rosenthal Wagner
Gestores avançam em medidas que ajudam a preservar o ecossistema. Algumas ações podem ser simples, como o uso de materiais ecologicamente corretos. Outras exigem a implantação de programas de gestão, caso do lixo. Mas a sustentabilidade inclui ainda trabalhar em prol das relações de vizinhança.
Diferentes atividades diárias de um condomínio podem ter implicações negativas sobre o meio ambiente, desde o barulho e resíduos gerados por uma obra física, até a forma como se utilizam recursos naturais (água), energéticos, materiais (mobiliário) e insumos (produtos de limpeza).
O condomínio representa um conjunto de moradias e abriga diversas famílias, dessa maneira, ele é influente na vida de muitas pessoas.
Em artigo anterior, mostramos de que maneira o condomínio pode usar recursos como a água e energia, além de reaproveitar parte do “lixo” que gera, contribuindo para a sustentabilidade e o ambiente natural e urbano.
Cresce diariamente a consciência de que, para preservar o planeta, as ações humanas deverão ser cada vez mais sustentáveis. Esse conceito foi criado em 1987 pelos membros da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU e refere-se a "satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". Ou seja, é importante cuidar hoje do planeta para que haja recursos suficientes no futuro, buscando o equilíbrio na convivência entre o homem e o meio ambiente.
Água, energia, lixo, arborização e vizinhança são os eixos principais de uma relação mais sustentável do condomínio com o meio ambiente. A sustentabilidade está conectada com o futuro e diz respeito à forma como o homem atua em todos esses flancos para preservar a vida no planeta por tempo indeterminado.
Uma das fundadoras da entidade "341 Caminho Suave", uma organização da sociedade civil de interesse público, Valéria Quaglio atua com a logística reversa do vidro, ajudando na sua correta separação, destinação e reciclagem. Mas, moradora do Condomínio Terraças Lapa, localizado na zona Oeste de São Paulo (SP), Valéria se engajou na implantação de um programa piloto de coleta seletiva, inicialmente focado em vidro, papel, plástico e metais.
O Brasil é o quarto País no mundo em quantidade de lançamentos imobiliários sustentáveis, mas seu desempenho neste quesito não reflete o número real de prédios com a característica, bem inferior em relação aos três primeiros colocados (Estados Unidos, China e Emirados Árabes). Além disso, somente agora irão surgir os primeiros edifícios residenciais “verdes”, a maioria ainda em fase de projeto.
Para o engenheiro Claudio Tavares de Alencar, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a sustentabilidade pressupõe “maior interação com o meio ambiente urbano, com empreendimentos mais abertos, sem tantas divisórias com o entorno”. Apesar de ainda manterem suas grades, muros e portões, os condomínios vizinhos à Praça Eder Sader, no bairro de Vila Madalena, zona Oeste de São Paulo, eliminaram algumas barreiras ao convívio urbano. Simplesmente foram para a rua, a fim de recuperar e ocupar a praça.
Economia de água e energia, coleta seletiva de lixo e ampliação de áreas verdes já formam um cardápio razoável de sustentabilidade nos condomínios. Mas o adensamento populacional e o aperto das cidades exigem que eles se preocupem também com seu impacto sobre a vida do bairro.
Nos edifícios residenciais mais antigos, técnica favorece novos usos, moderniza sistemas, atende à acessibilidade, promove a sustentabilidade ambiental, valoriza os imóveis e facilita manutenção.
A evolução do tempo deixa suas marcas e isso se reflete sobre o estilo de vida da população de uma determinada época. Como consequência, cada período apresenta uma arquitetura característica, desenvolvida para atender às necessidades de seus habitantes daquele momento. Assim, com o passar dos anos, as edificações perdem funcionalidade e precisam mudar, até mesmo, para atender às exigências técnicas e de normatização, que evoluem com o tempo.
Intervenções nos sistemas são feitas por especialistas, mas sua eficácia depende de uma atuação bem articulada entre corpo diretivo, condômino (responsável pela unidade interna) e fornecedores.
Os condomínios que possuem geradores têm sempre uma preocupação extra além da sua manutenção periódica: como fazer para que o equipamento não prejudique terceiros quando acionado? A facilidade e segurança de ter um gerador são sempre lembradas em época de chuva, quando aumenta a probabilidade de queda de energia. Mas ao mesmo tempo em que o equipamento evita de ficarmos sem elevador ou luz nas áreas comuns, somos obrigados a nos preocupar com os incômodos que ele possa trazer se instalado sem uma preparação técnica adequada.
O sistema de iluminação requer atenção, mas está entre os itens mais esquecidos pelos condomínios, lamenta o engenheiro civil e consultor Rodrigo de Oliveira Vieira. Muito antes de se trocar uma lâmpada queimada, comenta, é preciso definir quem fará a manutenção preventiva e corretiva do sistema, observando o quadro de iluminação, a situação dos seus disjuntores e a da fiação. “Uma lâmpada mal rosqueada consome mais energia. Às vezes, o problema é o bucal e a troca deve ser feita antes que ela queime”, detalha.
De acordo com especialistas no segmento, as edificações, especialmente os prédios novos, tendem a adotar a individualização da água. No município de São Paulo, ela não é obrigatória, conta Eduardo Lacerda, ao contrário do acontece na Europa. Há, no entanto, muitas cidades brasileiras com essa obrigatoriedade, com variados sistemas de operação. Alguns deles, com participação das concessionárias locais.
Os momentos de reforma e modernização dos condomínios representam ótima oportunidade para adaptar as áreas comuns às normas de acessibilidade. No entanto, como promover ampla acessibilidade em prédios feitos há cerca de quarenta anos, por exemplo, muitos sem elevadores, com apartamentos em subsolo e três andares acima do térreo, além de escadas em caracol? “Simplesmente as pessoas se mudam quando começam a envelhecer”, comenta a síndica Cybele Belschansky, do Condomínio Edifício Residencial Jupiá, construção de quatro décadas e 36 unidades localizada em Santa Terezinha, na zona Norte de São Paulo.
Os geradores instalados nos condomínios de São Paulo devem ser adaptados a uma nova legislação municipal, ganhando filtros para controle de ruído e emissão de gases. A obrigatoriedade veio com a Lei 15.095/2010, foi regulamentada pelo Decreto 52.209/2011, e acabou recebendo um prazo de tolerância de adaptação de um ano pelo Decreto 52.666/2011. O período caducou, a obrigatoriedade está vigente, mas a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou à Direcional Condomínios que ainda se encontram em estudo, pelo Departamento de Controle de Qualidade Ambiental (Decont), os padrões de emissão de ruído e poluição atmosférica que deverão ser respeitados por esses equipamentos.
A substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescente tubular e agora, por LED, está entre as medidas de economia mais adotadas pelos condomínios. Mas também a modernização dos elevadores pode trazer redução substancial no consumo de energia, a exemplo do que aconteceu no condomínio da síndica Elizabeth Bonetto, onde a conta caiu 40%, diz. Ou seja, a ideia é buscar soluções ecoeficientes.
A síndica Fernanda Parnes, do Edifício Residencial Indiana Garden, próximo à Cidade Universitária, em São Paulo, desistiu de esperar a coleta seletiva da Prefeitura de São Paulo. Contando com um bom espaço de armazenagem, Fernanda pôde combinar a venda de papelão, revistas, jornais e latinhas a um coletor autônomo, que passa a cada 15 ou 20 dias no prédio e deixa uma remuneração em torno de R$ 80,00.
A Sabesp mantém o Programa de Uso Racional da Água (Pura), orientando síndicos, zeladores e administradores sobre como identificar vazamentos e utilizar os chamados equipamentos "economizadores" em suas instalações hidráulicas (como modelos mais eficazes de caixas acopladas nos vasos sanitários, restritor de vazão em duchas, arejador em torneiras de pia etc.). O síndico José Máximo Pontes, do Condomínio Edifícios Atlas e Apolo, na Vila Mariana, em São Paulo, se deparou com a inviabilidade técnica de individualizar o consumo da água, já que os apartamentos têm de três a quatro prumadas. Mas realiza um monitoramento diário do relógio da Sabesp, para observar eventuais anormalidades na curva do consumo. Além disso, promove vistorias semestrais nos apartamentos, para identificar vazamentos, especialmente em válvulas de descarga e torneiras. A economia é alta, garante José Máximo.
5 de junho foi celebrado pela ONU como Dia Mundial do Meio Ambiente, data importante para lembrar e valorizar iniciativas dos condomínios em favor da sustentabilidade. Além de diminuir gastos ao final do mês, algumas medidas ajudam, por exemplo, a atenuar a emissão de carbono, que segundo a ONU terá efeitos drásticos sobre o clima em no máximo 20 anos.
O conforto ambiental é importante fator de sustentabilidade, saúde e equilíbrio para o convívio social. Na cidade de São Paulo, os limites de ruídos toleráveis são definidos pela Lei de Zoneamento, a Lei do Ruído (de nº 11.804/1995) e "da 1 Hora" (de nº 12.879/99). Nas áreas residenciais, por exemplo, o índice máximo permitido é de 50 decibéis durante o dia, ou seja, entre 7 e 22 horas. À noite, após às 22 horas, cai para 45 decibéis. E segundo a "Lei da 1 Hora", bares somente poderão funcionar após uma hora da manhã se tiverem isolamento acústico.
Mais de seis mil multas foram aplicadas aos domicílios paulistanos em todo ano de 2012 por causa da falta de conservação das calçadas externas (ou passeios públicos). A Capital paulista possui legislação rigorosa e bem detalhada, que impõe os tipos de pisos aceitáveis para esse espaço, a largura mínima de áreas transitáveis, entre outros dispositivos que visam garantir a mobilidade e acessibilidade dos pedestres.
Atitudes sustentáveis nos condomínios
Segundo o arquiteto Luiz Laurent Bloch, a área livre permeável que cada imóvel da cidade de São Paulo deve respeitar varia por região, mas ela obrigatoriamente precisa atender a no mínimo de 15% do lote ocupado com vegetação. A proporção pode chegar a 30% ou mais, quando o local está caracterizado como Zona Especial de Proteção Ambiental. Luiz Bloch explica aos síndicos que a área permeável é aquela que "permite infiltração de água no solo, livre de qualquer edificação ou pavimentação impermeável", o que exclui, portanto, garagens e demais subsolos.
O síndico, ao decidir trocar ou modernizar equipamentos e materiais do prédio que administra, deve considerar a ecoeficiência dos produtos, como vida útil, eficácia, procedência, gasto de energia e possibilidade de reciclagem, entre outros. A recomendação é de Emiliano Graziano, gerente de Gestão para a Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, ligada à BASF e à agência alemã GIZ, órgão de cooperação técnica internacional do governo alemão. Na entrevista abaixo, Emiliano destaca muitas outras ações sustentáveis que os síndicos e condôminos podem adotar em prol da sustentabilidade e aborda a ecoeficiência das lâmpadas disponíveis no mercado.
Os pilares convencionais da sustentabilidade costumam envolver ações sociais, ambientais e econômicas, mas um dos principais especialistas brasileiros em soluções na área, o engenheiro Luiz Henrique Ferreira inclui a questão cultural, relativa à mudança de alguns hábitos diários, como a grande contribuição que os brasileiros, de forma geral, e os condomínios, em particular, podem começar a dar à preservação do meio ambiente. “Temos muito forte ainda uma cultura de fartura dos recursos naturais, enquanto na Europa as pessoas são extremamente eficientes, consomem somente o que é necessário”, observa o engenheiro, ligado ao Processo AQUA, sistema de certificação de sistemas construtivos sustentáveis da Fundação Vanzolini. Como exemplo, Luiz Henrique cita que quatro minutos de banho sob uma ducha que verta 50 litros de água a cada 60 segundos já correspondem a todo o volume diário que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera necessário para o atendimento das necessidades básicas de um homem, incluindo higiene, ingestão e preparo dos alimentos.
O inverno que se aproxima representa um dos períodos mais críticos para a saúde física da população, pelo incremento de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de neoplasias, irritações nos olhos, nariz e garganta, lembra a professora doutora Simone Georges El Khouri Miraglia, do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Engenheira, Simone cursou doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e se especializou nos custos gerados pelos impactos ambientais sobre a saúde humana.
O arquiteto Ruy Rezende conquistou o prêmio Greening 2011, considerado o Oscar da sustentabilidade, e possui, em seu currículo, entre outros, o projeto do Edifício Cidade Nova, no Rio de Janeiro, o primeiro certificado pelo US Greenbuilding Council como LEED Core & Shell da América Latina e o segundo fora dos Estados Unidos. Em entrevista concedida à Direcional Condomínios, Ruy Rezende apresenta a seguir um conceito amplo de sustentabilidade e fala da experiência do Cidade Nova.
A psicóloga Maria José do Amaral Ferreira discorre, no artigo abaixo, sobre os efeitos terapêuticos proporcionados pela sustentabilidade sobre a saúde emocional dos indivíduos.
A tendência é mundial: condomínios nascem certificados como prédios verdes. Para as construções antigas, há saídas possíveis para economizar recursos naturais.
Responsabilidade ambiental. Esse tema também envolve os condomínios.
Produtos cada vez mais eficientes, sustentáveis e voltados a assegurar a saúde humana e ambiental compõem o portifólio das grandes empresas que realizam o controle de pragas. Elas apresentam selos de certificação que tranquilizam seus clientes quanto à qualidade dos serviços (ISO 9001) e responsabilidade em relação ao meio ambiente (ISO 14001) e segurança no trabalho (OHSAS 18001). Além disso, investem em gestão inovadora. A Bayer CropScience, por exemplo, implantou o programa “Protegendo o Amanhã”, explica o gerente de marketing da área de Saúde Ambiental, Luis Fernando Macul. “Ele é baseado em três pilares básicos: saúde e bem-estar, harmonia com a natureza e pessoas e parcerias.”