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João Marques, gerente da ANAPP (Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscina) orienta como manter as piscinas dos condomínios em ordem, e lembra que o outono-inverno, por ser um período de menor uso, é propício para a manutenção geral. Confira.
Na maioria dos condomínios verticais e horizontais, um dos principais apelos de venda hoje é a presença de área de lazer, sendo a piscina um dos maiores atrativos.
Em artigo publicado no site da Direcional Condomínios, o engenheiro civil Marcus Vinícius Fernandes Grossi destaca a ABNT NBR 10.339/2018, nova norma para piscinas editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. A NBR estabelece, sobretudo, parâmetros para a segurança dos usuários, a exemplo da questão dos ralos, em destaque nesta edição.
O assunto piscina exige uma multiplicidade de tarefas no condomínio, como manutenção de bomba e filtros, tratamento da água e cuidados com acessórios.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, em 19 de setembro de 2018, a NBR 10.339/2018, trazendo requisitos de segurança na operação, uso e manutenção das piscinas. Ela unifica em uma só as normas anteriores do setor.
O mês de novembro traz a campanha de Prevenção Contra Afogamentos, mas a estatística brasileira, especialmente quanto ao uso das piscinas, apresenta um quadro alarmante.
Incialmente é importante definir o que é uma piscina e que elementos a compõem. Segundo a "Cartilha Inspeção Predial: Equipamentos e Espaços de Lazer", organizada pelo Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias em Engenharia de São Paulo), a piscina representa o conjunto das instalações, compreendendo o(s) tanque(s) e demais componentes relacionados ao seu uso e funcionamento.
Com o sol implacável do verão e temperaturas com índices superiores a 30ºC, condomínios que dispõem de piscinas contribuem ao conforto dos moradores, entretanto, para os síndicos, esse é um item que sempre causa preocupação. Especialmente quando obras são contratadas, executadas, porém, sem a eficiência desejada.
O descumprimento à norma técnica ABNT NBR 6493/1994 pode gerar falhas e consequências graves quando da instalação de aquecedores a gás em piscinas se não houver atenção por parte do instalador, principalmente nos apartamentos, pois, em alguns casos, as tubulações se encontram dentro da parede.
A cidade de São Paulo possui aproximadamente 25.000 piscinas de variados tamanhos em uso nos condomínios residenciais, clubes, associações e outros. Todas as piscinas necessitam de manutenção e limpeza semanal, procedimento no qual se estima ocorrer um desperdício de aproximadamente 1,2 bilhão de litros por ano, o que corresponde a 120.000 caminhões pipas de 10.000 litros cada.
A água da piscina sofre ação de ventos e chuva e se contamina com poeira, folhas e também com a gordura liberada dos protetores e bronzeadores e pela própria pele dos usuários, além de suor e urina.
Conservação requer pessoa treinada e cronograma próprio. Descuido com o filtro, por exemplo, compromete a qualidade da água e pode danificar a bomba. Além disso, é preciso regulamentar o uso para preservar a higienização.
EVITE EXPLODIR ORÇAMENTO E A PACIÊNCIA
Falta d’água é, sem dúvida, um grande transtorno. Por isso, garanta que os sistemas de bombeamento recebam atenção na parte hidráulica e nos comandos elétricos.
Para que se possa curtir a piscina no verão com tranquilidade, é preciso fazer sua manutenção no inverno, melhor época também para quem pensa em construir ou reformar o equipamento.
Cuidados devem ser mantidos em qualquer estação climática.
Além dos procedimentos com o tratamento da água, também os equipamentos e as instalações hidráulicas da piscina exigem atenção para que todo o sistema funcione adequadamente. A bomba, por exemplo, responde pela circulação da água. “É o coração da piscina”, atesta o engenheiro Armando do Nascimento, que atua há 27 anos no setor. “Já o filtro retém a sujeira em suspensão na água, retirando as impurezas. No conjunto filtro e bomba, um equipamento complementa o outro”, afirma. Além disso, Armando recomenda que os equipamentos não fiquem desligados por longos períodos, “o que pode travar os rolamentos dos motores”. “A bomba não pode ficar parada e a filtragem da água deve ser diária. No inverno, é comum os condomínios cobrirem a piscina e esquecerem-se dos cuidados, o que não é recomendado”, diz o engenheiro.
Os especialistas são unânimes: toda impermeabilização exige um projeto que irá definir a melhor solução a ser empregada conforme as características topográficas e construtivas do local. Segundo Eliene Ventura, engenheira colaboradora do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), antes mesmo da fundação de um edifício é preciso haver um projeto de impermeabilização já definido. E no caso da piscina, “o sistema mais indicado vai depender de vários fatores, como as condições do terreno. Por exemplo, se é um aclive ou um declive, e se a área tem um lençol freático alto ou não”, aponta.
Nos condomínios, as áreas de lazer devem ser observadas com extrema seriedade. O tratamento da água da piscina, por exemplo, é item primordial. “É preciso manter a água limpa, cristalina e principalmente saudável. A questão é tratar a água da piscina como se fosse água potável, isso porque ela pode ser ingerida e fica em contato com a pele. E se não for submetida a um tratamento adequado, pode facilitar a proliferação de microorganismos, cistos, protozoários, bactérias, fungos, vírus, coliformes, causando doenças”, alerta o engenheiro Sérgio Leite, experiente em sistemas de bombeamento e tratamento de água.
Um autêntico “elefante branco”, que apenas gera custos de manutenção, no lugar de lazer e diversão para os moradores. Assim são vistas as piscinas de muitos condomínios. Sem aquecimento, a água gelada espanta os frequentadores. Hoje, o aquecimento deixou de ser artigo de luxo e se transformou em item essencial para incrementar essa área de lazer por vezes relegada ao esquecimento nos edifícios. Compensa planejar o investimento e estudar qual o melhor tipo de aquecedor: bombas de calor, a gás ou solar.
Piscina exige cuidados constantes. Quanto às opções de aquecimento, os coletores solares são obrigatórios para prédios novos em São Paulo.
Em tempos de sol a pino, céu azul e temperaturas elevadas, as piscinas costumam proporcionar sensação de frescor, prazer e diversão. Especialmente se o entorno estiver dotado de um belo tratamento paisagístico. Mas para empresas e profissionais que lidam com o assunto, a piscina surge também como sinônimo de muito trabalho, destaca o engenheiro Sérgio Almeida Teixeira Leite, proprietário da Semab, empresa que fabrica e comercializa equipamentos para tratamento físico da água, entre muitos outros produtos e serviços.
Em caso de acidentes no condomínio, o síndico, zelador ou outro funcionário precisam estar preparados para dar o primeiro atendimento à vítima. Segundo o capitão Eduardo Boanerges, coordenador da Força Tarefa e do Serviço de Resgate do Corpo de Bombeiros, dados da Organização Mundial de Saúde provam que a morte costuma acontecer pela demora no primeiro socorro. “Alguém precisa ter noções básicas de atendimento, até a chegada dos bombeiros ou de uma ambulância”, ensina.
Em se tratando de piscinas em condomínio, a segurança não pode ser deixada de lado. A principal função das capas é justamente proteger contra acidentes (como a queda de crianças ou animais domésticos). "A maioria das capas suporta até 80 quilos por metro quadrado. Mas é claro que tudo depende da qualidade do vinil", orienta o engenheiro Armando Nascimento, especializado na conservação e assistência técnica de equipamentos para piscina.
A Genco, fabricante de produtos químicos para tratamento de piscinas, preparou um glossário dos termos mais usados na área. Vale a pena conhecer alguns deles:
Depois da água limpa, ou seja, livre de sujeiras visíveis, é hora de deixá-la balanceada e saudável. A água da piscina deve ser tratada quimicamente para tornar-se balanceada (não provocando irritações na pele e olhos) e saudável (livre de bactérias, fungos e odores).
O Brasil é o segundo país do mundo em número de piscinas instaladas, só ficando atrás dos Estados Unidos. São 1.250.000 piscinas em todo o País, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins (ANAPP). Não há números que comprovem a quantidade de piscinas em condomínios. Porém, elas são um dos componentes das áreas de lazer que mais valorizam um edifício. Prédios sofisticados chegam a ter modelos aquecidos e cobertos, ideais para nadar o ano inteiro.