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As obras necessárias nas edificações nem sempre estão aparentes ou bem determinadas, parecem ocultas em uma espécie de “caixa de Pandora”. Ao se abri-la, os problemas surgem como se não tivessem fim. Uma trinca na superfície pode ser apenas a ponta visível de um dano estrutural provocado pela falta de manutenção e/ou pelo fim da vida útil do sistema, segundo revelam os cases desta reportagem.
O primeiro laudo de inspeção predial contratado por um condomínio na Vila Mariana, zona Sul de São Paulo, apontou que trincas aparentes nos pilares térreos de sustentação da edificação representavam problemas meramente estéticos. Mas os resultados não convenceram ninguém, nem a síndica profissional Juliana Cassas nem os moradores, que deliberaram pela contratação de outro laudo mais detalhado.
O síndico Gerson Fernandes de Godoy viu saírem da cobertura do Condomínio Edifício Fontana Di Trevi, na Vila Matilde, zona Leste de São Paulo, 27 caçambas de entulho quando começou a limpeza da piscina então abandonada, do seu antigo deck de madeira, de um abrigo abaixo desta estrutura e da demolição de uma pequena escada.
A norma de inspeção predial da ABNT (NBR 16747/2020) foi publicada em 21 de maio passado padronizando conceitos, procedimentos, documentos, escopo de análise e produção do laudo nesta atividade a ser exercida por profissionais habilitados nas áreas de Engenharia e Arquitetura (ligados respectivamente ao CREA ou CAU, e segundo a legislação de cada área).
Os novos edifícios possuem manuais de manutenção para suas instalações, tanto das áreas comuns quanto unidades privativas, algo que é comum nos automóveis, por exemplo. Já os prédios mais antigos foram entregues sem um “receituário” das ações e periodicidade de sua manutenção.
O novo Código de Obras e Edificações de São Paulo (COE), Lei 16.642/17, deverá ser regulamentado em breve, por meio de decreto, mas os síndicos podem acompanhar nesta análise as principais mudanças que ele gera sobre a aprovação de obras e reformas.
Serviços pagos e deixados pela metade, atrasos, uso de material diferente do contratado, problemas com a mão de obra, falta de garantias e dificuldades na rescisão: aborrecimentos como esses podem ser evitados através de contratos que detalhem cronograma de execução, materiais e pagamentos.
Com ampla experiência em construção e reforma das edificações, o engenheiro civil Roberto Boscarriol Jr., colaborador da Direcional Condomínios, desenvolveu uma espécie de guia aos síndicos sobre como empregar mão de obra e realizar a gestão dos contratos. Confira:
ÚTEIS, VOLUPTUÁRIAS OU NECESSÁRIAS?