As bombas de calor, também conhecidas como trocadores de calor, são as mais utilizadas. “São equipamentos mais práticos, justamente porque sua instalação depende de poucas obras, em comparação com a opção a gás”, aponta o engenheiro Armando do Nascimento, que atua há 27 anos na área de vendas de equipamentos e manutenção de piscinas. O princípio dos trocadores é tirar o calor do ambiente e transferi-lo para a água. Segundo fabricantes e instaladores, os trocadores são 80% mais econômicos que qualquer equipamento elétrico convencional. Conforme Armando, em 40 horas uma bomba de calor eleva em 10 graus a temperatura da água (no outono ou na primavera). “Na época da meia estação, é preciso três a cinco horas de funcionamento para manter a piscina aquecida.” O inverno é o período mais crítico para os trocadores de calor. “O equipamento não é tão rentável quanto o gás, que aquece igualmente a água, tanto no inverno como no verão”, compara. “O aquecedor a gás é o único que não depende de fatores externos. Mantém a temperatura escolhida faça sol ou chuva”, define Fabiano Ciccala, consultor de piscinas da Comgás. A empresa tem dado um incentivo grande para condomínios que compram o equipamento. O síndico pode escolher uma rede de empresas especializadas para a venda e instalação do aquecedor (pertencentes ao programa Qualinstal) e a Comgás reembolsa ao condomínio uma parte do valor gasto no equipamento. “Hoje temos mais de 1700 condomínios em São Paulo com piscinas aquecidas a gás. Queremos que esse conforto torne-se acessível para todos os condomínios”, frisa o consultor, completando que o custo de manutenção preventiva do equipamento é de cerca de R$100 reais por ano.
Já o aquecimento solar encontra impedimentos para ser instalado em condomínios prontos. “O aquecedor solar deve ser contemplado no projeto do edifício, porque é necessária uma área igual à da piscina para os coletores solares. Pode ser utilizada, por exemplo, a cobertura das garagens ou da churrasqueira”, exemplifica Marcelo Mesquita, gestor do Dasol - Departamento Nacional de Aquecimento Solar da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento). Especialmente em São Paulo, é necessário que o aquecimento solar conte com um backup. “Costuma-se combinar as bombas de calor ou o aquecimento a gás com o solar, prevendo os dias que não são ensolarados”, diz.
O engenheiro Armando completa que, qualquer que seja o tipo de aquecimento utilizado, alguns fatores colaboram com a perda de calor da água, tais como posicionamento da piscina, vento incidente, se é ou não coberta e se é utilizada capa protetora. “O uso da capa proporciona economia média de 30% do combustível utilizado, seja gás ou energia elétrica.” Uma recomendação importante: optar apenas por aquecedores apropriados para piscinas. “A água da piscina tem características físicas e químicas diferentes da água do banho. Também deve ser escolhida uma empresa idônea para proceder a instalação”, arremata.
Matéria publicada na Edição 157 de maio 2011 da Revista Direcional Condomínios.