Individualização de Água e Gás

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Em 12 de julho de 2021, entrou em vigor a Lei Federal nº 13.312/2016, que obriga todos os condomínios do Brasil a serem entregues com a medição de água individualizada. Mas, na maioria das edificações, a cobrança é feita de forma coletiva, ou seja, a concessionária faz a leitura apenas na entrada de água principal e a conta é paga pelo condomínio.

Aumento das contas d'água no período da quarentena deverá levar os condomínios a reverem estratégias relacionadas ao seu consumo e medição.

A individualização da cobrança da água consumida pelas unidades dos condomínios verticais encontra dois sistemas no mercado brasileiro: a autogestão e a gestão pela concessionária pública.

A individualização é um processo que vem ganhando força ano a ano. Porém, há todo tipo de experiência no mercado, na maioria boas. As más podem ser evitadas.

Gerente de negócios de uma empresa de tecnologia e gestão da medição do consumo de água, gás e energia, Marco Aurélio Teixeira apresenta, a seguir, em entrevista à revista Direcional Condomínios, uma síntese dos processos relativos à individualização da água.

Discriminar os serviços que serão executados, tanto na instalação quanto na medição do consumo.

Ao individualizar a medição da água, o condomínio faz justiça com quem gasta menos e estimula a economia por meio do consumo consciente!

Instrumento favorece a redução do consumo e a economia no condomínio, mas a individualização, especialmente a da água, esbarra em desafios no cálculo da conta atribuída às unidades.

Síndica do residencial Arboris Essentia até abril passado, Sandra Tarcha protagonizou missão árdua pelo início da leitura individualizada da água no condomínio. "Mas foi uma experiência também de vitórias, principalmente pela redução do consumo", avalia.

Aumentou em 2015 a procura pela medição individualizada do consumo d’água em prédios da RMSP, de acordo com a Sabesp. O mercado oferece duas opções em São Paulo: a primeira homologada pela concessionária pública, que emite as contas para cada cliente; outra com gestão das contas contratada junto às empresas de tecnologia na área. Gerente de produtos de um fornecedor, Marco Aurélio Teixeira observa que softwares e aplicativos permitem registrar hoje o consumo a cada hora, dados que são utilizados para caçar vazamentos e disciplinar o consumidor, levando-o a gastar menos.

O síndico profissional Waldir Berger vive situações distintas em relação ao consumo de água nos condomínios em que atua. Num deles, onde mora, implantou a individualização logo após a entrega do empreendimento de quatro torres e 400 unidades, localizadas na zona Oeste de São Paulo, o que gerou uma economia de 30% dos metros cúbicos que iam para o esgoto. Ali, as prumadas receberam 1.600 medidores, quatro por apartamento, com leitura feita remotamente. Mas no outro condomínio residencial, na região da Av. Luís Carlos Berrini, zona Sul, “o esforço exigido para a individualização e o custo seriam bem maiores”. Existem quatro tipos de imóveis por pavimento, assim, por ora, a ideia foi congelada no local, justifica.

A sustentabilidade é tema de primeira necessidade e palavra de ordem na vida moderna, por isso vem se tornando um dos maiores anseios da humanidade. Neste sentido, os condomínios, como grande fonte consumidora de recursos naturais, necessitam se engajar nesta causa.

Intervenções nos sistemas são feitas por especialistas, mas sua eficácia depende de uma atuação bem articulada entre corpo diretivo, condômino (responsável pela unidade interna) e fornecedores.

De acordo com especialistas no segmento, as edificações, especialmente os prédios novos, tendem a adotar a individualização da água.  No município de São Paulo, ela não é obrigatória, conta Eduardo Lacerda, ao contrário do acontece na Europa. Há, no entanto, muitas cidades brasileiras com essa obrigatoriedade, com variados sistemas de operação. Alguns deles, com participação das concessionárias locais.  

A individualização caminha para a consolidação, com empresas oferecendo hoje soluções para prédios de múltiplas prumadas, mas a gestão das contas ainda deixa dúvidas.

Desde 2008 a individualização do consumo de água já é realidade para os 64 apartamentos do Condomínio Edifício Santa Elisa e Santa Marcelina, localizado na Vila São Francisco, zona Oeste da capital paulista. As unidades tiveram hidrômetros instalados nas cinco colunas de água (são seis nos apartamentos de cobertura). “Hoje, quase cinco anos após a implantação do sistema, nossa conta é 30% inferior”, salienta o síndico Noêmio Guedes Martins.

MAIS ACESSÍVEIS, PROCESSOS SE CONSOLIDAM

O mercado da individualização da água em São Paulo surgiu há dez anos, ganhou impulso há cinco e agora prevê grande avanço, com a viabilidade do sistema em edificações de múltiplas prumadas. Já o consumo do gás natural canalizado ultrapassa os 700 mil usuários residenciais no Estado; para os condomínios, resta promover sua leitura individualizada.

O sistema de medição individualizada assegura um uso mais racional da água e permite que cada condômino pague pelo que consumiu. “O fator financeiro faz com que as pessoas mudem definitivamente de comportamento e reduzam o consumo”, observa Manuel Sebastião Filho, proprietário da Condomínio Central, empresa que atua há 23 anos em serviços de hidráulica, pintura e impermeabilização em São Paulo. Uma economia que chega, no mínimo, a 20% do consumo anterior. Além disso, elas pagam “um preço mais justo por aquilo que consomem”.

Todo cuidado é pouco quando se trata de transportar e armazenar gás LP e diesel no condomínio.


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