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O Condomínio-clube Praça 2, em Diadema, vira e mexe ficava sem energia elétrica devido à sobrecarga nos transformadores da rua, provocada pela demanda das fábricas vizinhas.
Contar com um gerador, diante da falta repentina de energia elétrica, fortalece a segurança do condomínio. Sua instalação, porém, requer cuidados especializados.
Mesmo que tenha tomado iniciativas para diminuir custos ao longo dos meses mais rígidos da quarentena do novo Coronavírus no ano passado, o Condomínio Time Office Perdizes manteve seu projeto de upgrade nos geradores, que começaram a operar no final de 2020 e passaram bem no teste, ao abastecer as salas comerciais durante quedas de energia da rede pública ocorridas em janeiro passado. O Office dispõe de 317 unidades privativas, foi entergue em 2017 e está localizado na zona Oeste de São Paulo.
A presença dos geradores nos condomínios ganhou status de prioridade, em função de três principais benefícios, de acordo com síndicos e especialistas entrevistados: Por assegurar a acessibilidade, notadamente de pessoas com dificuldades de mobilidade e/ou residentes nos andares mais altos; pelo conforto de garantir energia também para as unidades privativas; e por evitar a interrupção do trabalho de quem atua em home office ou nos prédios comerciais.
Construído em princípios dos anos 70 na Zona Oeste de São Paulo, o condomínio em que vive o síndico João Bosco dos Santos foi entregue com algumas novidades para a época, como o número de pavimentos (25 andares, então incomum) e a instalação de um gerador para abastecer a rede elétrica das áreas comuns em caso de queda de energia.
A compra de um grupo moto gerador (GMG), ou, simplesmente, gerador, requer uma série de cuidados para evitar problemas e gastos futuros desnecessários.
Além da instalação adequada do gerador, é importante ao condomínio fazer a manutenção periódica do equipamento, para que ele não falhe justamente no momento da falta de energia na rede elétrica. Os geradores podem ser implantados tanto na função de conforto quanto na de emergência.
O prédio foi entregue em princípios dos anos 60, no bairro de Cerqueira César, a um quarteirão da Av. Paulista, em São Paulo, com ares de modernidade: era dotado de um gerador de cerca de 50 Kva, montado em 1953 com motor de caminhão, e também de um sistema de aquecimento central de água, alimentado por óleo diesel.
O ano de 2015 registrou aumento de 23% no número de apagões no Brasil em relação a 2014, segundo divulgou o Ministério de Minas e Energia. O balanço foi feito para cortes de energia com carga acima de 100 megawatts por mais de dez minutos. Estima-se que cada megawatt seja suficiente para abastecer mil residências. Em São Paulo, Capital, bairros chegaram a sofrer falta de energia por até dois dias. Desta forma, uma das prioridades dos condomínios em 2016 é investir na instalação e/ou readequação dos geradores.
A frequência dos apagões no abastecimento de energia em São Paulo no começo deste ano levou alguns moradores a buscarem alternativas individuais de suprimento. Mesmo que seus prédios tivessem geradores para itens básicos como elevadores, bombas d’água e iluminação, condôminos providenciaram a compra e instalação de um equipamento próprio em sua unidade. A ideia é poder manter aparelhos e luzes funcionando nas residências sempre que houver corte na rede pública. Mas para o engenheiro eletricista Edson Martinho, esta não é uma solução tão simples, já que pode afetar a segurança do sistema como um todo.
Os temporais que atingiram São Paulo em janeiro passado, seguidos de corte no fornecimento de energia, causaram muitos transtornos à população, especialmente o de 12 de janeiro, quando deixou 800 mil domicílios às escuras nas regiões Oeste e Sul da cidade, alguns por até quatro dias. Os condomínios dotados de geradores sofreram menos, no entanto, muitos tiveram dificuldade para sustentar um tempo maior de operação. A síndica Márcia Dias Teixeira Carvalho, do Residencial Welcome, em Pinheiros, diz que precisou correr atrás da compra de combustível extra depois de outro temporal, ocorrido nos dois primeiros dias do ano. “Saí às quatro da manhã para comprar e o porteiro me ajudou com o reabastecimento, ficamos 16 horas sem energia.”
Para alimentar três torres com quase 300 unidades e enfrentar interrupções frequentes de energia, por longos períodos, o Condomínio Practical Way, na zona Oeste de São Paulo, mantém um gerador de 180 KVa. Melhorias têm sido promovidas no local com vistas a diminuir um pouco o impacto ambiental de seu funcionamento.
Depois de quatro anos à espera de definição, a Prefeitura de São Paulo finalmente determinou os níveis aceitáveis de emissão de gases pelos geradores. A medida veio através do Decreto 54.797/14, publicado no final de janeiro deste ano. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, os condomínios terão um ano para se adequar aos padrões estabelecidos.
Os condomínios que possuem geradores têm sempre uma preocupação extra além da sua manutenção periódica: como fazer para que o equipamento não prejudique terceiros quando acionado? A facilidade e segurança de ter um gerador são sempre lembradas em época de chuva, quando aumenta a probabilidade de queda de energia. Mas ao mesmo tempo em que o equipamento evita de ficarmos sem elevador ou luz nas áreas comuns, somos obrigados a nos preocupar com os incômodos que ele possa trazer se instalado sem uma preparação técnica adequada.
Os geradores instalados nos condomínios de São Paulo devem ser adaptados a uma nova legislação municipal, ganhando filtros para controle de ruído e emissão de gases. A obrigatoriedade veio com a Lei 15.095/2010, foi regulamentada pelo Decreto 52.209/2011, e acabou recebendo um prazo de tolerância de adaptação de um ano pelo Decreto 52.666/2011. O período caducou, a obrigatoriedade está vigente, mas a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou à Direcional Condomínios que ainda se encontram em estudo, pelo Departamento de Controle de Qualidade Ambiental (Decont), os padrões de emissão de ruído e poluição atmosférica que deverão ser respeitados por esses equipamentos.
O síndico Almenor Tacla, do Condomínio Residencial Admo, teve uma surpresa logo após aprovar em assembleia a compra de gerador para o edifício.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo ainda está se debruçando sobre os indicadores que deverão nortear a fiscalização e controle da emissão de poluentes pelos geradores instalados nas edificações, por isso os síndicos ainda dispõem de pelo menos dez meses para fazer as adaptações necessárias.
Equipamento de Primeira Necessidade
Em tempos de apagões, especialmente comuns em dias de temporais, o gerador deixou de ser um equipamento de luxo e tornou-se essencial para a segurança e o bom funcionamento dos condomínios. Portões, sistema eletrônico de segurança, iluminação de garagens, escadarias e halls e pelo menos um elevador costumam ser alimentados pelo gerador – fazendo com que o condomínio tenha vida praticamente normal mesmo com queda no fornecimento de energia elétrica.
A cada chuva mais forte que cai sobre a cidade de São Paulo, muitos moradores, já afetados pelos transtornos no trânsito, acabam tendo que enfrentar problemas também para chegar àquelas residências localizadas nos andares mais altos dos edifícios. A chuva de verão que atingiu a capital paulista na tarde de 14 de janeiro, por exemplo, deixou cerca de 200 pontos da cidade sem energia por mais de 24 horas, segundo estimativa da própria Eletropaulo. Apenas nos edifícios equipados por geradores, os moradores puderam manter a comodidade de utilizar elevadores, contar com o funcionamento do sistema de segurança e das bombas d’água. No verão, a situação é comum também em outras cidades.